O GEFILL é um grupo vinculado à área de Filologia do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia, coordenado pela Profa. Dra. Eliana Correia Brandão Gonçalves (ILUFBA) e que reúne pesquisadores de diversos níveis. O GEFILL tem por objetivo desenvolver pesquisas interdisciplinares que articulam as áreas de Filologia, Estudos do Léxico, Linguística Histórica, História, Paleografia e Diplomática, por meio da edição de documentos históricos que integram acervos baianos, nacionais e estrangeiros, como o Arquivo Público do Estado da Bahia, o Arquivo Público Municipal de Salvador, a Fundação Biblioteca Nacional, o Arquivo Histórico Ultramarino e o Arquivo da Torre do Tombo. A ativa leitura filológica decolonial de documentos históricos proposta pelo GEFILL embasa-se em uma prática interpretativa e histórica pautada em um método de pesquisa integrativo, dialógico e híbrido, considerando as questões acessadas pela tradição, memória e materialidade textuais, por meio da compreensão crítica dos contextos de produção, circulação e recepção dos documentos históricos e dos usos linguísticos que figuram nos registros documentais.
Objetivos do GEFILL, em perspectiva de leitura filológica decolonial, no debate científico e na formação de sujeitos docentes e pesquisadores:
· Elaborar edições filológicas de documentos históricos com base na documentação que integra os acervos baianos, brasileiros e estrangeiros;
· Desenvolver estudos onomásticos, considerando a análise do léxico toponímico e do léxico personativo contantes em textos históricos;
· Divulgar, por meio da produção científica, as narrativas históricas de violências contra as minorias sociais e étnicas e dos movimentos de resistência – coletiva e individual – no âmbito dos sujeitos e dos grupos subalternizados e invisibilizados na história pelos discursos e ideologias de ódio e opressão, em particular a população negra, a população indígena e as mulheres;
· Propor articulações da pesquisa filológica decolonial com as questões da pauta contemporânea, destronando os pilares das leituras coloniais, que se insinuam em textos históricos;
· Mapear e analisar, na perspectiva filológica, linguística e discursiva, as tradições discursivas e o repertório dos dados linguísticos lexicais constantes em diversos gêneros textuais, em um viés sincrônico e/ou diacrônico da história social da língua;
· Analisar a prática filológica, paleográfica e sociocultural da escrita na perspectiva das humanidades digitais.
Por fim, como a sua nomeação já sinaliza – gefill do luxemburguês “sentimento” – o GEFILL sente e interpreta o filólogo-linguista como um sujeito-pesquisador histórico, híbrido, nômade, dialógico, articulador, desarticulador e rearticulador de saberes, que considera os textos, as línguas dos textos e suas tensões, seus lugares, as memórias com suas continuidades e descontinuidades, seus afetos e desafetos, suas violências, mas acima de tudo suas (re)existências (GONÇALVES, 2020). É assim que nos reconhecemos e nos sentimos como grupo de pesquisa!